PREFEITURA MUNICIPAL DE
SOUTO SOARES

História

História

Os primeiros registros de ocupação humana constante do território do atual município de Souto Soares se dão na primeira metade do século XVII por garimpeiros à procura de ouro e pedras preciosas. As exigências da coroa portuguesa, vinculadas à mineração, desiludiram muitos mineradores, que passaram a se dedicar à agropecuária. Assim surgiram várias fazendas que posteriormente se transformaram em povoados[5]. Esta ocupação, essencialmente rural, decorreu do crescimento da agricultura e da pecuária que passaram a ser as principais atividades econômicas que deram causa ao surgimento do povoado de Ouricuri ou Licuri.

No início do século XX, na Chapada Diamantina, coração da Bahia, havia alguns povoados e vilas com pouca ligação entre si. Numa extremidade existia a Vila do Morro do Chapéu e o seu Distrito Caraíbas, atual Cidade de Irecê. Na outra extremidade ficavam a Vila de Lençóis, Vila Bella das Palmeiras e a Vila Campestre, atuais municípios de Lençóis, Palmeiras e Seabra. O coronel Horácio de Matos era a liderança política principal da região e não tardou para que seu irmão, Francisco de Matos, fosse se estabelecer ali e construísse as primeiras casas juntamente com João Crispino Pires, Barnabé Gaspar e seu filho Braz Gaspar. Logo o arraial se desenvolve e recebe o nome de Ouricuri, coqueiro abundante e nativo da localidade. No ano de 1926, os revoltosos da Coluna Prestes passaram pelo local, tendo os moradores ficado aterrorizados com o evento. Com o desenvolvimento da agricultura e da cana, em 1933, aconteceu a primeira feira de venda de cachaça na região[5].

Em 1938, inicia-se a construção da primeira igreja no território do município, uma igreja católica. O santo católico São João Batista foi escolhido para ser o padroeiro da cidade. Nessa época, o principal meio de transporte utilizado pela população era a tração animal (especialmente o Jegue e o Cavalo), além do carro de Boi. No ano de 1944, foi construída a primeira igreja protestante, uma instituição religiosa vinculada à Igreja Presbiteriana do Brasil que teve o senhor Armando Bastos à frente das obras. Posteriormente, surgiriam outras instituições religiosas[5].

Em razão da falta de acesso à educação, os moradores do local dependiam da visita de professores particulares, como o senhor Severino Rodrigues, para a alfabetização dos moradores. Até o final da década de 1940, Ouricuri era um povoado com poucos moradores que, na maioria, se dedicavam ao cultivo do milho, feijão, mandioca, cana e as atividades comerciais. No ano de 1953, através da Lei Estadual nº 628, desmembrou-se do distrito de Iraquara, passando a ser distrito próprio que recebeu o nome de Licuri, contudo, continuou a pertencer ao Município de Seabra[5].

A partir da articulação política realizada por Rosalvo Pinto, oficial do Registro Civil, vereador da Câmara Municipal de Seabra pelo então distrito de Licuri e uma das lideranças políticas que defendia a emancipação desse povoado em relação ao Município de Seabra, a reivindicação da comunidade deu resultado na promulgação da Lei Estadual nº 1.700, de 5 de julho de 1962, que desmembrava o povoado de Licuri de Seabra, criando, assim, o município de Souto Soares, nome este que foi dado em homenagem ao médico, pecuarista e político João Souto Soares, que exercia a medicina em diversas localidades da Chapada Diamantina[5].

Nos dias atuais, a cidade é bastante conhecida pela produção de cachaça artesanal, produto famoso e apreciado pelos turistas que visitam o local[5].

Economia

A economia do município é primária, destacando-se a agricultura de subsistência ou agricultura familiar. O município não possui grandes latifúndios, por isso, a sua produção de grãos é pequena, porém significativamente proporcional ao consumo de seu mercado interno.

O município produz feijão, milho, mamona, mandioca e cana de açúcar.

A cana de açúcar é utilizada para a produção de cachaça artesanal e de rapadura.