A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta (8), em Juazeiro do Norte (CE), durante visita a obras da transposição do Rio São Francisco, que novas empresas vão ser contratadas para realizar "saldos" remanescentes do empreendimento.
"Vai ter novas empresas, sim, pelo motivo que ele [o ministro da Integração, Fernando Bezerra] deu: como nós vamos relicitar saldos remanescentes, vão ter novas empresas fazendo obras que não foram concluídas.", afirmou.
As chamadas "obras remanescentes" vão significar aditivos de R$ 1,9 billhão, segundo o ministro Fernando Bezerra, que acompanhou a presidente na visita.
"Alguns itens que estavam nos contratos originais vão ser objetos de relicitação. É o que nós chamamos de saldos remanescentes ou obras complementares. Esses itens totalizam 1 bilhão e 900, e vão ser feitas sucessivas licitações complementares, começando agora, em fevereiro, e terminando em junho, declarou o ministro.
Dilma lembrou que o eixo leste da transposição, que levará água ao Rio Grande do Norte é de responsabilidade do Exército Nacional e está adiantado em relação às obras das empreiteiras no Ceará.
presidente visitou nesta tarde o eixo da obra em Mauriti, no sul do Ceará, onde os operários estão em estado de greve e a obra está atrasada, com 16% concluídos. Ela disse que iria se reunir com os empresários responsáveis para cobrar agilidade no andamento da transposição.
"Eu vou fazer uma discussão aqui, hoje, depois que fizer a visita ao traçado, ali, de Mauriti, essa parte, eu vou fazer uma reunião com os empresários que estão tocando a obra. Por quê? Porque o governo vai sinalizar o seguinte: 'olha, nós fizemos a nossa parte, agora vocês vão fazer a de vocês'. Isso significa prazo, significa um ritmo determinado de obra, significa que nós vamos querer resultados" declarou a presidente.
A obra de transposição deve direcionar água do Rio São Francisco, em Pernambuco, para Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará. De acordo com o governo federal, 12 milhões de pessoas devem ser beneficiadas com o abstecimento de água.
A obra é avaliada em R$ 7 bilhões e deveria ser concluída neste ano. O governo federal não deu novo prazo para a entrega.
A visita desta quarta é a segunda de Dilma Rousseff ao Ceará como presidente da República. Em outubro de 2011 ela visitou o porto do Pécem, no litoral cearense, onde participou da cerimônia de inauguração de empreendimentos no porto.