Com um crescimento de 35,3%, as exportações baianas atingiram US$ 813,5 milhões em janeiro, demonstrando que as empresas exportadoras continuam consolidando posições no mercado externo, apesar da crise financeira na Europa, além das restrições impostas às importações na Argentina e da volatilidade do câmbio.
"O bom desempenho das exportações frente a janeiro de 2011 decorreu, sobretudo, da expansão do volume total embarcado em 33,6%. Derivados de petróleo (127,2%), produtos metalúrgicos (109,4%), metais preciosos (198%) e algodão (145%) foram os itens com maior crescimento. Juntos, esses setores foram responsáveis por 50% do total das receitas de exportação do mês", disse o coordenador de Comércio Exterior da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Arthur Souza Cruz.
Contribuiu também para o bom desempenho em janeiro o aumento médio de 6,84% nos preços praticados em relação a janeiro do ano passado. Os itens com maior valorização no mês foram petróleo, ouro, magnesita e algodão. Outros fatores que influenciaram positivamente foram a recuperação, mesmo que lenta, da economia americana e o ainda forte ritmo da economia asiática, maior destino para as vendas baianas no período.
Já as exportações para a União Europeia tiveram uma queda de 15,8%, em função do agravamento da crise na Zona do Euro, enquanto que as restrições impostas à compra de produtos importados na Argentina, como licenças não automáticas de importação e retenções demoradas nas alfândegas, conseguiram provocar uma queda de 3,6% nas vendas ao Mercosul. Em 2011, a Argentina foi o principal destino das exportações baianas, com 13,3% de participação.
Menor vigor das importações
As importações também cresceram, mas com menor vigor que as exportações, alcançando US$ 654,6 milhões, uma alta de 19,5% em relação a janeiro de 2011. O saldo comercial do estado ficou em US$ 158,8 milhões - 198% acima de igual período do ano passado. Em comparação com o mesmo mês de 2011, as importações registraram crescimento principalmente no setor de bens de consumo, com os automóveis liderando a pauta, seguidos de nafta, minério de cobre e cacau.