Enquanto
o Brasil sofre com a superlotação de presídios e o alto índice de
criminalidade, autoridades da Justiça da Suécia decidiram fechar quatro prisões
e um centro de detenção pelo baixo número de detentos recebidos nos últimos
anos. A quantidade de presidiários no país, que caía cerca de 1% ao ano desde
2004, despencou em 6% de 2011 para 2012 e deve registrar declínio semelhante
este ano e em 2014, segundo o diretor dos serviços penitenciários e de
liberdade vigiada suecos, Nils Oberg. "Vimos um declínio extraordinário no
número de detentos. Agora temos a oportunidade de fechar parte de nossa
infraestrutura, por não necessitarmos dela no momento", informou ao The
Guardian. A queda das prisões gerou o encerramento das atividades nas cidades
de Aby, Haja, Bashagen e Kristianstad. Duas das unidades devem ser vendidas e
outras duas transferidas a outras instituições governamentais para uso
temporário. "Certamente esperamos que os esforços investidos em
reabilitação e em prevenir a reincidência no crime tenham tido impacto, mas não
acreditamos que isso baste para explicar toda a queda de 6%", completou.
Os tribunais suecos têm aplicado sentenças mais brandas a delitos relacionados
ao uso de drogas, depois de uma decisão do supremo tribunal do país em 2011, o
que explicaria parte da queda no número de novos presidiários. De acordo com
Oberg, em março deste ano, havia 200 pessoas a menos em cumprimento de
sentenças por crimes relacionados a drogas na Suécia do que em março do ano
passado.