Em
debate sobre a política de preço mínimo do cacau, no último final de semana (14
e 15), cacauicultores baianos criticaram, durante audiências públicas
realizadas nos municípios de Apuarema e Ubaitaba, a ausência de
representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão ligado ao
Ministério da Agricultura e responsável pelo preço mínimo atual de R$ 75 para a
arroba da amêndoa de cacau. Segundo o coordenador da Frente Parlamentar em
Defesa da Lavoura Cacaueira, deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT), que
organizou os encontros, os agricultores estão dispostos a protestar. "Após
as quatro audiências públicas que realizamos na região – em Itabuna, Ubatã,
Apuarema e Ubaitaba – é visível que os cacauicultores estão dispostos a marchar
até Brasília para exigir a anistia das dívidas", antecipou. De acordo com
o parlamentar, mais de 3 milhões de baianos sofrem as consequências diretas da
crise da lavoura cacaueira. "São anos de endividamento na luta contra a
vassoura de bruxa, perda de terras para os bancos, êxodo rural de milhares de
famílias, desemprego em massa, desmatamento da Mata Atlântica e aumento da
violência urbana", relatou.