O
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, decidiu
mudar a ordem de julgamento dos recursos da Ação Penal 470, o processo do
mensalão. A alteração foi motivada por um imprevisto ocorrido nesta
segunda-feira (12): a morte da mulher do ministro Teori Zavasck, Maria Helena
Marques de Castro Zavascki, vítima de câncer. O julgamento começaria
quarta-feira (14) com a discussão sobre a admissibilidade dos embargos
infringentes. Caso seja aceito, o recurso permitirá novo julgamento nos casos
em que houve pelo menos quatro votos pela absolvição. Segundo informações da
Agência Brasil, a situação atende a pelo menos 11 réus: o deputado João Paulo
Cunha (PT-SP), o assessor parlamentar João Cláudio Genú e o ex-sócio da
corretora Bônus-Banval Breno Fischberg (lavagem de dinheiro); o ex-ministro
José Dirceu, o deputado José Genoino (PT-SP), o ex-tesoureiro do PT Delúbio
Soares, o publicitário Marcos Valério, a ex-presidente do Banco Rural Kátia
Rabello, o empresário Ramon Hollerbach, o publicitário Cristiano Paz e o
ex-presidente do Banco Rural José Roberto Salgado (formação de quadrilha). Com
a inversão na pauta, a Corte começa a julgar na quarta os 26 embargos
declaratórios apresentados pelos acusados. Tal recurso questiona possíveis
omissões e contradições no julgamento e, segundo a tradição do Supremo,
raramente muda as decisões. O primeiro da lista é do advogado Rogério
Tolentino, ligado a Marcos Valério.