Para evitar um colapso, o uso de água do Rio Paraguaçu, que nasce na Chapada Diamantina e deságua na Baía de Todos-os-Santos, foi limitado em 50% pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).
O projeto do governo federal prevê a construção de um canal que terá quase 300 quilômetros de extensão.
O canal irá começar na estação de bombeamento do Projeto Salitre, na zona rural de Juazeiro, passar pelas barragens de Ponto Novo, Pedras Altas e São José do Jacuípe, que alimenta o leito do Rio Jacuípe. Depois, seguirá pelos municípios de Gavião e Riachão de Jacuípe até chegar na barragem de Pedra do Cavalo, que absteve o município de Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador.
A previsão é de que as obras sejam concluídas em 10 anos e as águas deverão ajudar mais de 70 mil produtores rurais e mais de 4,5 mil piscicultores.
A bacia do Rio São Francisco, que vai ceder água para o canal, também tem sofrido com a crise hídrica. No entanto, o presidente da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), Marcelo Moreira, disse que a situação do rio não vai piorar por causa da construção do canal.
"Já temos outorga prévia da ANA, que é a Agência Nacional de Águas. A quantidade de água que vamos retirar do São Francisco para atender o canal do sertão baiano já está totalmente estudada e reservada para esse projeto", explicou.