O horário de verão termina neste fim de semana. À meia-noite do sábado,
relógios deverão ser atrasados em uma hora. Até o fim do período, o País espera
ter economizado cerca de R$ 280 milhões em energia elétrica nos 11 Estados onde
a alteração está em vigor desde outubro e no Distrito Federal.
O maior impacto do fim do horário de verão na rotina da cidade será sentido
nas áreas de serviços e transportes. Com um "dia de 25 horas", ganha-se tempo
para aproveitar restaurantes e baladas, por exemplo - o transporte público
também vai funcionar uma hora a mais. Como em outros anos, trens do Metrô e da
Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que estiverem em funcionamento
à meia-noite vão estender o horário de operação. O mesmo deverá ocorrer com os
ônibus.
A "noite mais longa" também será bem-vinda pelo relojoeiro Augusto Fiorelli,
de 53 anos, que enfrentará uma maratona de trabalho no fim de semana. Ele é
responsável por arrumar 12 relógios de torres da Grande São Paulo - a maior
parte entre 7h e 15h do domingo. Fazem parte do grupo os relógios da Estação da
Luz e da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. "Arrumar o ponteiro e
dar corda é fácil, leva 10, 15 minutos. O duro é subir todas aquelas escadas. As
torres não têm elevador", conta. "Sorte que a noite anterior vai ter uma hora a
mais." O único acerto que ficará para segunda-feira é o do relógio da estação de
trem de Paranapiacaba, que mantém o modelo original, trazido da Inglaterra no
início do século passado.
Economia
O horário de verão passou a ser adotado de forma ininterrupta no Brasil em
1985. No sábado, esta temporada completa 119 dias de duração. Ao reduzir a
demanda por eletricidade no horário de pico, o horário de verão provoca a
diminuição nos custos de operação, segundo o Operador Nacional do Sistema
Elétrico (ONS). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.