Souto Soares é uma cidade de Estado do Bahia. Os habitantes se chamam souto-soarenses.
O município se estende por 993,3 km² e contava com 16 979 habitantes no último censo. A densidade demográfica é de 17,1 habitantes por km² no território do município.
Vizinho dos municípios de Seabra, Canudos e Iraquara,Souto Soares se situa a 18 km a Norte-Oeste de Iraquara a maior cidade nos arredores.
Situado a 855 metros de altitude, de Souto Soares tem as seguintes coordenadas geográficas: Latitude: 12° 5' 21'' Sul, Longitude: 41° 38' 17'' Oeste.
O prefeito de Souto Soares se chama ANDRE LUIZ SAMPAIO CARDOSO.
Para todas as formalidades administrativas,você pode ir à prefeitura de Souto Soares Av. José Sampaio, 8. Mas você também pode contatar a prefeitura por telefone pelo seguinte número : (75) 3339-2150 / (75) 3339-2128
Os primeiros registros de ocupação humana constante do território do atual município de Souto Soares se dão na primeira metade do século XVII por garimpeiros à procura de ouro e pedras preciosas. As exigências da coroa portuguesa, vinculadas à mineração, desiludiram muitos mineradores, que passaram a se dedicar à agropecuária. Assim surgiram várias fazendas que posteriormente se transformaram em povoados[5]. Esta ocupação, essencialmente rural, decorreu do crescimento da agricultura e da pecuária que passaram a ser as principais atividades econômicas que deram causa ao surgimento do povoado de Ouricuri ou Licuri.
No início do século XX, na Chapada Diamantina, coração da Bahia, havia alguns povoados e vilas com pouca ligação entre si. Numa extremidade existia a Vila do Morro do Chapéu e o seu Distrito Caraíbas, atual Cidade de Irecê. Na outra extremidade ficavam a Vila de Lençóis, Vila Bella das Palmeiras e a Vila Campestre, atuais municípios de Lençóis, Palmeiras e Seabra. O coronel Horácio de Matos era a liderança política principal da região e não tardou para que seu irmão, Francisco de Matos, fosse se estabelecer ali e construísse as primeiras casas juntamente com João Crispino Pires, Barnabé Gaspar e seu filho Braz Gaspar. Logo o arraial se desenvolve e recebe o nome de Ouricuri, coqueiro abundante e nativo da localidade. No ano de 1926, os revoltosos da Coluna Prestes passaram pelo local, tendo os moradores ficado aterrorizados com o evento. Com o desenvolvimento da agricultura e da cana, em 1933, aconteceu a primeira feira de venda de cachaça na região[5].
Em 1938, inicia-se a construção da primeira igreja no território do município, uma igreja católica. O santo católico São João Batista foi escolhido para ser o padroeiro da cidade. Nessa época, o principal meio de transporte utilizado pela população era a tração animal (especialmente o Jegue e o Cavalo), além do carro de Boi. No ano de 1944, foi construída a primeira igreja protestante, uma instituição religiosa vinculada à Igreja Presbiteriana do Brasil que teve o senhor Armando Bastos à frente das obras. Posteriormente, surgiriam outras instituições religiosas[5].
Em razão da falta de acesso à educação, os moradores do local dependiam da visita de professores particulares, como o senhor Severino Rodrigues, para a alfabetização dos moradores. Até o final da década de 1940, Ouricuri era um povoado com poucos moradores que, na maioria, se dedicavam ao cultivo do milho, feijão, mandioca, cana e as atividades comerciais. No ano de 1953, através da Lei Estadual nº 628, desmembrou-se do distrito de Iraquara, passando a ser distrito próprio que recebeu o nome de Licuri, contudo, continuou a pertencer ao Município de Seabra[5].
A partir da articulação política realizada por Rosalvo Pinto, oficial do Registro Civil, vereador da Câmara Municipal de Seabra pelo então distrito de Licuri e uma das lideranças políticas que defendia a emancipação desse povoado em relação ao Município de Seabra, a reivindicação da comunidade deu resultado na promulgação da Lei Estadual nº 1.700, de 5 de julho de 1962, que desmembrava o povoado de Licuri de Seabra, criando, assim, o município de Souto Soares, nome este que foi dado em homenagem ao médico, pecuarista e político João Souto Soares, que exercia a medicina em diversas localidades da Chapada Diamantina[5].
Nos dias atuais, a cidade é bastante conhecida pela produção de cachaça artesanal, produto famoso e apreciado pelos turistas que visitam o local[5].