Consideradas as regiões mais pobres do país, o Norte o Nordeste
aumentaram a contribuição no Produto Interno Bruto (PIB, que é a soma de todos
os bens e serviços do país ), entre 2002 e 2010. No Norte, a participação
subiu de 4,7% para 5,3% (aumento de 0,6 ponto percentual) e, no Nordeste, de 13%
para 13,5% (alta de 0,5 ponto percentual).
Os dados fazem parte da pesquisa Contas Regionais do Brasil 2010, divulgada hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o estudo, no Centro-Oeste, também houve
aumento da contribuição, de 8,8%, em 2002, para 9,3%, em 2010 (elevação de 0,5
ponto percentual).
No mesmo período, diminuíram a participação no Produto Interno Bruto o Sul
(de 16,9% para 16,5%, queda de 0,4 ponto percentual) e o Sudeste (56,7% para
55,4%, redução de 1,3 ponto percentual).
Segundo a pesquisa, oito estados continuam concentrando 77,8% das
riqueza do país e São Paulo continua responsável pela maior contribuição, com 33,1% do PIB. Entre os
estados, Roraima deu a menor contribuição para o cálculo, 0,2%.
De acordo com o IBGE, no Norte do país, o aumento refletiu a
valorização dos preços internacionais do minério de ferro exportado pelo Pará,
que puxou o crescimento da economia da região, além do aquecimento da indústria
no Amazonas e da agropecuária em Rondônia.
Na Região Nordeste, o Maranhão, com o menor PIB per capita do país (R$
6.888,60), consolidou-se como maior produtor de soja do Brasil, influenciando o
resultado da região. Também teve impacto no aumento da participação do Nordeste
no PIB o avanço do setor de serviços no Ceará, principalmente o comércio.
A contribuição do Centro-Oeste no PIB está relacionada ao agronegócio e aos
altos salários em Brasília. O Distrito Federal contribuiu com renda mais alta
por pessoa no país, R$ 58.489,46.
Ao divulgar os dados, o IBGE informou que os indicadores do PIB regional
serão atualizados em breve com base na revisão do Sistema de Contas Nacionais,
que está em curso.