Com
91,15% do rebanho vacinado contra a febre aftosa, a Agência de Defesa
Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e
Pecuária, encerra a primeira etapa de vacinação de 2013 comemorando o alto índice
vacinal, acima dos 90% exigidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE),
mesmo com os problemas ocasionados pela forte seca que atingiu mais de 60% do
estado.
Os dados
divulgados na segunda-feira (29) reforçam a responsabilidade do criador e o
compromisso do governo do Estado em desenvolver e fortalecer pecuária,
garantindo a sanidade das 11.173.003 cabeças existentes em território baiano,
mantendo o status de Livre da Febre Aftosa com Vacinação
“As
atividades de defesa unidas ao processo de modernização da pecuária trazem
resultados positivos, favorecendo o sucesso das ações, o alcance das metas e a
superação de desafios no combate a seca”, avalia o secretário da Agricultura,
Eduardo Salles. Para ele o índice alcançado é um excelente patamar: “é o
reflexo do esforço conjunto entre criadores, associações, sindicatos, governo
do Estado e Ministério da Agricultura dentro do Programa Nacional de
Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa”.
Entre as
regiões que obtiveram melhores índices estão as de Itapetinga (97,63%),
Teixeira de Freitas (97,34%), Barreiras (96,56%), Irecê (96,47%) e Santa Maria
da Vitória (96,35%). O grande destaque nesta etapa de vacinação foi para a Zona
de Proteção com índice de cobertura vacinal de 94,59%, composta pelos
municípios de Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Mansidão, Buritirama,
Remanso, Casa Nova, Pilão Arcado e Campo Alegre de Lourdes. Estes fazem divisa
com Pernambuco e Piauí, estados que ainda não foram reconhecidos pelo
Ministério da Agricultura como livre de aftosa com vacinação.
“Estamos
cumprindo com o nosso papel de zelar pelo patrimônio pecuário na Bahia, agindo
em defesa de toda comunidade rural no estado e garantindo condições mais
favoráveis para que o pequeno produtor mantenha seu rebanho livre da aftosa”,
salienta o diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres. Para isso, a
fiscalização do trânsito de animais e da vigilância ativa das propriedades foi
intensificada propiciando maior segurança aos serviços oferecidos ao produtor.
“E neste quesito, temos que ressaltar a importância do processo de
informatização da Adab, que auferiu solidez e segurança total nas informações
da base cadastral”, completa Torres, lembrando ainda da eficiência no
cruzamento de informações com as Guia de Trânsito Animal (GTA) como fator
fundamental para a realização das atividades.
“Os
criadores entendem e trabalham com empenho para manter a pecuária como uma
atividade viável na Bahia”, afirma o presidente da Federação da Agricultura do
estado da Bahia (Faeb), João Martins. “Nesse momento ainda delicado, temos que
continuar unindo esforços e compartilhando responsabilidades para não
comprometer ainda mais a atividade diante das condições climáticas
desfavoráveis”, pondera.
A seca e
a Defesa Agropecuária - A Adab contabilizou 572.859 cabeças de gado que
morreram devido à forte seca que afetou o estado. Isso representa cerca de 5%
do rebanho existente na Bahia. Os intensos trabalhos nessas regiões de
conscientização dos produtores por meio da educação sanitária serviram também para
mensurar os prejuízos da seca na pecuária baiana. Os maiores números de mortes
ocorreram nas regiões de Miguel Calmon (75.190), Ribeira do Pombal (74.433),
Juazeiro (70.700), Itaberaba (69.730) e Feira de Santana (62. 399). Todas
englobando municípios que ainda estão com baixa precipitação pluviométrica.