No primeiro dia de gestão, muitos prefeitos tentaram colocar ordem na casa e traçar as metas prioritárias para o início do período, considerado pela maioria o mais complicado, por envolver medidas mais duras e antipopulares.
Na Região Metropolitana de Salvador, o prefeito de Camaçari, Ademar Delgado (PT), teve muitas reuniões com os auxiliares para planejar a administração.
Já no sul da Bahia, o gestor de Ilhéus, Jabes Ribeiro (PP), colocou como prioridade a regularização e reajuste das finanças municipais, a organização da folha de servidores, além da limpeza das vias públicas.
Em Feira de Santana, o prefeito José Ronaldo (DEM), além de reduzir o próprio salário em 25%, como já havia anunciado na posse, começou com a criação de uma Comissão Administrativa para analisar a regularidade e legalidade dos diversos contratos firmados com a administração pública.
O prefeito de Camaçari, o petista Ademar Delgado, empossou 21 secretários, além de coordenadores e representantes de órgãos e empresas vinculados à administração municipal. Ele realizou reuniões com os auxiliares que duraram até às 19h de ontem. “Esta equipe está muito bem preparada e espero que possamos trabalhar com cumplicidade para atender aos anseios da comunidade e ajudar a melhorar ainda mais a qualidade de vida da população”, disse. Delgado encarou a rotina com naturalidade, já que integrava anteriormente a gestão do seu antecessor, Luiz Caetano (PT). Por ser um governo de continuidade, segundo há pequenos ajustes administrativos.
Em Feira, o democrata José Ronaldo baixou um decreto de criação da comissão que irá deliberar que contratos têm maior relevância para o município. Também através deste mesmo decreto fica proibido o uso de veículos oficiais do município para outras atividades que não a prestação do serviço público municipal.
Em Ilhéus, o prefeito Jabes Ribeiro baixou cinco decretos. O primeiro foi o de situação de emergência do município por 60 dias. Considerando que a cidade é turística, existe um problema muito grande com a coleta de lixo. A cidade está tomada por lixo e essa é uma situação que deve ser logo resolvida, pois também vem trazendo preocupação com a dengue e saúde em geral da população.
Ele também cancelou os contratos que ocorreram sem concurso público até o dia 31 de dezembro, além das horas extras e de ajuda de custo. “Decidimos contratar também uma empresa de auditoria para regularizar a folha de pagamento e detectar possíveis irregularidades”. Jabes disse que no primeiro dia contou com a ajuda de empresários para começar a colocar a “cidade em ordem”.