28/06/2012 | ECONOMIA
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2012, a Bahia gerou um saldo de 27.096
postos de trabalho com carteira assinada. Esse resultado coloca o estado como
líder na geração de emprego no Nordeste e na nona posição no ranking que
classifica as unidades da Federação segundo os seus respectivos saldos de
emprego. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged) e analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da
Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).
Na Região
Nordeste, além da Bahia (3.071), apenas Paraíba (2.224 vagas), Maranhão (1.730
vagas), Ceará (763 vagas) e Pernambuco (4.708 vagas) apuraram saldos positivos
de emprego. Os outros estados da Região contabilizaram saldos negativos da
seguinte ordem: Piauí (-1 vaga), Sergipe (-509 vagas), Rio Grande do Norte (-819
vagas) e Alagoas (-2.107 vagas).
O setor da Agropecuária apresentou o
maior saldo da Bahia em maio de 2012, com a geração de 3.688 empregos formais. O
setor da Indústria de Transformação, por seu turno, registrou o segundo maior
saldo de empregos do estado, com 1.111 postos e o subsetor que apresentou o
melhor desempenho foi Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool
etílico, que gerou um saldo de 1.457 postos de trabalho.
O bom desempenho
do emprego na agropecuária em maio está relacionado com a colheita de café no
extremo sul, região que não sofre as conseqüências da seca, e de uva no sertão
de São Francisco, cultura irrigada. O café, cultura que mais se destacou na
geração de emprego formal, teve um saldo da ordem de 1.272 vagas, o que
corresponde a 34,5% do total do setor da agropecuária, já a colheita da uva,
apurou um saldo de 747 empregos, e os municípios que mais geraram novas
oportunidades de empregos na citada cultura foram Juazeiro (282 vagas) e Casa
Nova (466 vagas).
Em seguida vem a criação de bovinos cuja performance
apontou um saldo de emprego da ordem de 625 postos. No tocante a criação de
bovinos, Teixeira de Freitas e Eunápolis foram os que mais geraram vagas de
empregos (366 e 200 postos de trabalho, respectivamente). Na quarta posição
encontra-se o cultivo de frutas de lavoura permanente (exceto laranja e uva).
Esta cultura foi a que contabilizou um saldo de 485 vagas, e o cultivo de
cana-de-açúcar, por seu turno, apurou um saldo de empregos de 409
postos.
Municípios – Em maio de 2012, Feira de Santana, Casa Nova e
Teixeira de Freitas destacaram-se com os melhores desempenhos na criação de
novas oportunidades de trabalho formal na Bahia. Feira de Santana gerou 721
empregos, Casa Nova registrou 702 empregos e Teixeira de Freitas apurou um saldo
de 616 novas contratações formais.
O setor de Serviços foi o mais
dinâmico em Feira de Santana, respondendo por 707 vagas. Em Casa Nova e em
Teixeira de Freitas o setor da Agropecuária foi que apresentou o melhor
desempenho, com 709 e 446 novos empregos, respectivamente.
Entre os
municípios que tiveram os menores saldos de empregos em maio de 2012
ressaltam-se Lauro de Freitas (-951 vagas), Camaçari (-727 vagas) e Salvador
(-430 vagas). A retração dos empregos em Lauro de Freitas foi determinada,
principalmente, pelo saldo negativo relacionado da atividade do setor de
Serviços (-1.018 postos).
Já em Camaçari, o setor da Construção civil foi
responsável pela eliminação de 770 postos de trabalho, enquanto, que em
Salvador, os setores de Serviços e da Indústria de transformação eliminaram 782
e 140 postos de trabalho, respectivamente.
Territórios de Identidade - No
período de janeiro a maio os Territórios de Identidade que geraram os maiores
saldos de emprego foram: Metropolitana de Salvador (8.650), Extremo Sul (4.239)
e Portal do Sertão (3.787). Do saldo total de 27.096 empregos formais na Bahia,
esses três territórios são responsáveis por 62%, sendo que só a Metropolitana de
Salvador se encarrega por 32%.
Dos 8.650 empregos formais gerados no
Território de Identidade da Região Metropolitana de Salvador, 7.625 foram
gerados na capital do estado. Isso implica que o município é responsável pela
geração de 88% de empregos no seu Território de Identidade. Os setores mais
relevantes na composição desse resultado foram basicamente Serviços e Construção
Civil. Eles registraram um saldo positivo de 5.984 e 3.307, respectivamente. A
geração destas novas oportunidades nos setores analisados se concentrou em
Salvador, especificamente, 90% do saldo de empregos da Construção Civil e 87% do
saldo de empregos de Serviços.
O Extremo Sul, segundo Território de
Identidade que mais gerou empregos formais, teve como principais polos de
criação de novas oportunidades os municípios de Teixeira de Freitas e Itamaraju.
O primeiro contabilizou um saldo positivo de 1.807 empregos formais e o segundo
1.330. Juntos os dois municípios foram responsáveis por 74% do saldo total no
território do Extremo Sul. Em termos setoriais, a Agropecuária registrou o maior
saldo, com 3.176 novas oportunidades, o que em termos relativos significou 75%
do total.
O terceiro Território de Identidade que mais contribuiu para o
saldo baiano de empregos foi o Portão do Sertão. Ao desagregar por municípios,
vê-se que Feira de Santana foi o principal responsável pela geração de novos
postos de trabalho, 4.007. O setor com maior participação na geração de empregos
foi o de Serviços com 2.883 novos postos. Desse total, 2.779 vagas, o que
representa 96%, foram criadas em Feira de Santana.
No mesmo período, os
Territórios de Identidade que geraram os menores saldos de emprego foram:
Recôncavo (-2.171), Médio Sudoeste da Bahia (-1.595) e Litoral Norte e Agreste
Baiano (-331). Os territórios de Semi-árido do Agreste e Litoral Sul completam a
lista, contabilizando saldos negativos de -160 e -48, respectivamente. Assim,
considerando-se apenas os Territórios de Identidade do Recôncavo e Médio
Sudoeste Baiano, depreende-se que estes são, respectivamente, responsáveis por
50% e 37% do saldo negativo total de empregos dentre todos os
territórios.
O Recôncavo é o território com o pior desempenho devido aos
municípios de São Francisco do Conde, Maragogipe e Governador Mangabeira. Tais
municípios aferiram saldos negativos de 1.831, 870 e 570, respectivamente. Em
termos setoriais os que apresentaram pior desempenho, refletindo saldos
negativos, foram a Construção Civil (-1.007), Serviços (-895) e por fim a
Indústria de Transformação (-479).
O mau desempenho aferido pelo Médio
Sudoeste da Bahia deve-se, exclusivamente, ao Município de Itapetinga que apurou
saldo negativo de 1.606 postos de trabalho. Tal saldo é reflexo excepcionalmente
da Indústria de Transformação que ainda sente os impactos da saída do polo
calçadista. Não obstante, esse foi o setor que apresentou a pior performance,
apurando um saldo negativo de 1.625. Desse saldo 97% concentra-se em Itapetinga.
(Fonte: SEI)