O
ministério Público Federal está cobrando a devolução de nada menos de R$3,3
bilhões de funcionários da Câmara e do Senador que receberam supersalários,
muito além do teto estabelecido para o funcionalismo público, que é o salário
de um ministro do Supremo Tribunal Federal. Trata-se de uma investigação da
procuradora da República, Anna Carolina Maia Garcia, que investiga os
supersalários há, nada menos, de quatro anos. Na semana passada o Tribunal de
Contas da União determinou o corte do excedente dos salários, por serem
ilegais, estabelecendo a devolução de R$788 milhões. Descobriu-se que vai
muito mais além, chegando aos três bilhões. A procuradora, cujas decisões não
eram acatadas pelo Congresso agora entende que a situação é outra porque há uma
forte pressão da sociedade contra tamanho absurdo contra o Tesouro,
impedindo-se que o dinheiro ilegal fosse aplicado em beneficio da população,
como, por exemplo, na educação e saúde. Espera-se que ela esteja certa, assim
como é necessário que a opinião pública continue a se manifestar, mesmo que
seja em movimentos populares como os acontecidos em junho deste ano.