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Deputado Henrique Alves toma posse e fala sobre experiência de 11 mandatos

 05/02/2013 | POLÍTICA

No primeiro discurso como presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) disse que, após 11 mandatos consecutivos de deputado federal, se sente plenamente maduro para assumir o cargo.

“Já votei e elegi 15 presidentes e sei que hoje chego aqui pela história, pelo meu trabalho e pelo meu compromisso com o Parlamento”, destacou Alves.

“No entanto, entendo que chego aqui muito mais por respeitar a regra democrática da proporcionalidade e o compromisso ético da palavra empenhada”, disse.

Alves citou Ulysses Guimarães ao dizer que, em política, é preciso ter ética, integridade e também coragem. “Sou de um tempo em que era preciso ter coragem para não sucumbir e resistir. Resisti e chego aqui hoje inteiro para ser o presidente dessa casa do povo do meu país”, disse ele, emocionado.

No discurso, o deputado também lembrou seu pai, o ex-deputado, ex-ministro e ex-governador do Rio Grande do Norte Aluízio Alves (falecido em 2006), que chegou a ser cassado pela ditadura militar.

Críticas da imprensa
O presidente eleito comentou ainda as críticas feitas ao Parlamento por parte da imprensa, as quais chamou de “julgos perversos e críticas descabidas ao trabalho parlamentar”.

Alves também defendeu a importância da separação dos poderes. “Tenho todo o respeito pelos outros Poderes, seja pelo Executivo, que executa os projetos; seja pelo Judiciário, que faz cumprir as leis”, disse.

“Mas deixo claro que é o Poder Legislativo e o Parlamento brasileiro que representa o povo na sua maior legitimidade e que aqui só existem parlamentares abençoados pelo voto popular”, completou.

Entre os temas mais importantes a serem analisados pela Câmara, Alves destacou a questão dos royalties do petróleo, as novas regras para a distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e os cerca de 3 mil vetos presidenciais.

“Quem quer bem a esse parlamento, como eu quero, deve nos dar as mãos, para fazer com que todos respeitem a verdadeira casa do povo, que é o Parlamento brasileiro”, disse.