PREFEITURA MUNICIPAL DE
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Bahia atrai investimentos de R$ 20,5 bi

 04/03/2013 | ECONOMIA
Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE MicrosoftInternetExplorer4 Até o final de 2013, a Bahia completará toda a cadeia industrial necessária para a fabricação de equipamentos eólicos. E neste mês de março, o estado só contabiliza ventos a favor em um segmento econômico, que crava investimentos de R$ 20,5 bilhões.

São R$ 2,5 bilhões já realizados; R$ 2,5 bilhões contratados; R$ 15 bilhões previstos, todos em usinas eólicas. Some-se a esses, outros R$ 500 milhões em investimentos nos parques industriais.

O governador Jaques Wagner participa nesta segunda-feira (4/3) do anúncio da parceria entre a francesa Alstom e a Renova Energia para construção de parques eólicos no estado, com capacidade de geração de 1.200 MW.

A operação representa investimentos da ordem de R$ 2,7 bilhões (um bilhão de euros) e a duplicação da fábrica da Alstom na Bahia. Já no próximo dia 11 será inaugurada a unidade fabril da Acciona, em Simões Filho, que está investindo R$ 13 milhões para a produção de hubs (peça que concentra as hélices) eólicos. No mês de abril, será a vez da inauguração da Torrebrás.

A fábrica, que produzirá torres metálicas em Camaçari, significa um aporte de investimentos de R$ 21 milhões. Na força dos bons ventos, a espanhola Gamesa anunciou inversões de R$ 100 milhões, na ampliação de sua fábrica em Camaçari, para produzir nacelles (caixa do rotor do aerogerador). Já a brasileira Tecsis, especializada na construção de pás para energia eólica, investirá R$ 200 milhões na construção de sua fábrica baiana, que deverá empregar seis mil pessoas.

“São números que confirmam a nossa liderança no setor eólico brasileiro. Tenho certeza, que, por volta de 2020, teremos 10% da nossa produção de energia gerada pela eólica, uma fonte limpa, renovável e, especialmente por causa da boa qualidade dos ventos baianos, barata”, explica James Correia, secretário estadual da Indústria, Comércio e Mineração.

Para Correia, a política agressiva que o Governo da Bahia imprimiu ao setor foi uma boa combinação de planejamento e oportunidade. “A Bahia é o único estado na região Nordeste que vendeu projetos nos leilões nos últimos quatro anos. Se temos os maiores projetos, por que não atraímos para o Estado os grandes fabricantes? Temos o mercado consumidor garantido e exigimos que as usinas eólicas tenham conteúdo local. O resultado dessa estratégia acho que está dando certo”, diz o titular da SICM, garantindo que a Bahia continua em busca de mais investimentos.

Geração de emprego e renda

O Governo do Estado atrai e facilita a implantação desses empreendimentos porque as fontes renováveis de geração de energia caracterizam-se como meios de levar desenvolvimento para a região do semiárido, onde está mapeada a maior parte do potencial baiano. Até o momento, estão em desenvolvimento no estado, mais de 15.000 MW em projetos eólicos, conforme dados da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM).

Estão previstos até 2014, investimentos de cerca de R$ 6,5 bilhões no setor, que irão gerar 5.000 empregos na implantação e 500 na operação dos projetos. Com projetos em implantação, em Casa Nova, Juazeiro, Sobradinho, Morro do Chapéu, Igaporã, Guanambi, Caetité, Macaúbas, Novo Horizonte, Seabra, Campo Formoso e Pindaí, a Bahia dá passos importantes para o aproveitamento do potencial eólico do seu território.