PREFEITURA MUNICIPAL DE
UAUÁ

Bahia é um dos estados líderes em homicídios praticados com armas de fogo

 13/05/2011 | OUTROS

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulga novo estudo sobre o número de homicídios praticados com armas de fogo no Brasil. Em 2009, ano dos últimos dados disponíveis no Ministério da Saúde, a média de utilização das armas em assassinatos foi de 71,2% - cifra menor que o recorde de 71,6% de 2007. Alagoas, Bahia, Paraíba, Rio de Janeiro e Pernambuco lideram o ranking nacional com, respectivamente, 83,3%, 81,3%, 80,5%, 80,1% e 78,9%.

 

No ranking das capitais mais violentas em relação às mortes por armas de fogo, Salvador, Vitória, Maceió, Recife e Rio de Janeiro lideraram em 2009. O estudo revela que o Norte do país é a região onde menos se usam armas de fogo na prática de homicídios - nas capitais Boa Vista, Palmas, Macapá e Rio Branco, por exemplo, o índice não chega a 50%. "Nessa regiões, o acesso às armas não é comum e outros instrumentos letais são utilizados", explica Ziulkoski.

 

Segundo Ziulkoski, "a CNM está dando continuidade ao mapeamento da violência armada nos Municípios para orientar os gestores públicos brasileiros no enfrentamento deste grave problema social". O estudo deste ano, salienta, traz uma novidade: um quadro peculiar que revela como está o envolvimento das mulheres com o crime, além de destacar algumas informações sobre violência doméstica.

 

Mulheres
Em 2009, 8,5% das vítimas assassinadas no Brasil com armas de fogo eram mulheres. Foram quase 40 mil nos últimos dez anos. "Falta um acompanhamento sistemático e eficiente sobre a violência contra as mulheres no Brasil. O trabalho da CNM é um dos pioneiros porque enfoca as mulheres. Geralmente as informações são sobre os homens porque eles são 90% das vítimas de homicídios com armamento de fogo", avalia o dirigente da CNM.

 

O levantamento indica que, na maioria dos casos, as mulheres são assassinadas em um contexto de violência domestica. "Mas, infelizmente, o Sistema de Informações sobre Mortalidade [SIM] não informa o sexo do autor do homicídio e nem o tipo de relacionamento que existia com a vítima", lamenta Ziulkoski. Segundo ele, isso impossibilita a detecção mais eficiente de dados em razão de violência doméstica e familiar contra a mulher.

 

Sobre o estado civil das mulheres assassinadas, as solteiras respondem por 61% nos últimos dez anos, enquanto as casadas representam 17%. A faixa etária mais afetada é a dos 20 a 29 anos, 30%. Depois, vêm as mulheres de 30 a 39 anos, as de 15 a 19 e as de 40 a 49 anos de idade.