O
governo brasileiro começa a discutir nesta quinta-feira (12) com a Argentina um
projeto de defesa na área cibernética. Segundo o ministro da Defesa, Celso
Amorim, a guerra cibernética é a maior ameaça do século 21, e a América do Sul
tem que estar preparada para enfrentá-la. "A guerra cibernética é a guerra
do futuro. Tomara que não venha a acontecer, mas se acontecer, temos que estar
preparados", disse Amorim aos jornalistas brasileiros em Buenos Aires,
onde desembarcou nesta quinta para reunir-se à noite com a presidente Cristina
Kirchner e o ministro de Defesa argentino, Agustín Rossi. Este será o
primeiro encontro bilateral para tratar sobre o assunto depois do episódio de
espionagem por parte dos Estados Unidos em vários países da região, inclusive o
Brasil. Amorim está acompanhado pelo diretor do Centro de Defesa Cibernética,
general José Carlos dos Santos, para discutir a possibilidade de cooperação na
área. "Se há espionagem, há perigo de sabotagem e temos que estar
preparados para nos defender", afirmou o ministro. Celso Amorim considerou
que a área de cibernética é, talvez, a mais importante para a defesa neste
século porque, "cada vez mais será difícil usar armas convencionais, e
praticamente impossível o uso de outras armas de destruição de massas - salvo
casos isolados". Segundo ele, a cibernética pode ser uma arma de
destruição em massa.