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Volume de vendas do comércio varejista baiano cresceu 7,6% em janeiro

 26/03/2012 | ECONOMIA

O comércio varejista do estado da Bahia apresentou expansão de 7,6% no volume de vendas em janeiro de 2012, em relação a igual mês de 2011. Na comparação, com ajuste sazonal (janeiro de 2012/dezembro de 2011), a taxa variou positivamente em 4,9%.

A principal variação do volume de vendas no período coube ao segmento de móveis e eletrodomésticos (12,8%). O desempenho desse setor é bastante satisfatório, e no acumulado dos últimos 12 meses apresentou uma expansão de 16,4% no volume de vendas.

Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento do Estado da Bahia (Seplan).

Expansão de crédito

O coordenador de Pesquisas Sociais da SEI, Denílson Lima, explica que tal resultado pode ser creditado ao fato de o comércio varejista baiano apresentar expansão do crédito, elasticidade dos prazos de parcelamento e melhoria dos rendimentos dos consumidores, principalmente da camada de menor poder aquisitivo.

Também é atribuído a medidas de reduções e isenções de impostos promovidas pelo governo federal em determinados segmentos da indústria. Acrescente-se a esses fatores, o aumento do emprego formal em janeiro e as constantes promoções que, sem dúvida, são importantes incentivos para dinamizar o setor.

No caso do setor de móveis e eletrodomésticos, "cerca de 80% das transações comerciais desse segmento estão atreladas diretamente aos financiamentos e, consequentemente, às quantidades de prestações, questões que a população de baixa renda releva ao assumir um crediário. Outro elemento importante para análise relaciona-se ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Salvador, relativo ao mês de janeiro, que verificou redução nos preços de produtos como aparelho de som, ventilador, exaustor e colchão", justifica Denílson Lima.

Já a atividade mais representativa do comércio varejista, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, registrou crescimento no volume de vendas de 9,1% em janeiro de 2012 e no acumulado dos últimos 12 meses acusou uma variação de 2,8%.

Outros grupos que apresentaram aumento foram tecidos, vestuário e calçados (12,2%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,2%); combustíveis e lubrificantes (7,2%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,4%). Já o setor equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação teve queda de 8,1% e livros, jornais, revistas e papelaria (-24,2%).

Os ramos que não integram o indicador do varejo obtiveram os seguintes resultados quanto à variação do volume de vendas no mês em questão: veículos, motocicletas, partes e peças (8,8%) e material de construção (4,5%).