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Relatório de gestão aponta economia crescente e avanços na transparência

 31/01/2013 | TRANSPARÊNCIA

O Senado economizou R$ 35 milhões só com despesas de horas extras no ano passado, uma redução de 83%, resultado da aposta na implementação de banco de horas. A informação consta de relatório de gestão dos anos de 2011 e 2012 apresentado nesta segunda-feira (28) pela diretora-geral da Casa, Doris Peixoto.

A prestação de contas aponta redução também no consumo de insumos gráficos. A economia foi de R$ 1,8 milhão por ano com a substituição de publicações oficiais impressas pelo uso do meio eletrônico. Outros R$ 3,2 milhões foram poupados em suprimentos para impressoras com a substituição por máquinas alugadas.

Já a substituição de veículos antigos, que geravam muitos gastos com manutenção, por uma frota alugada significou uma economia anual de R$ 2,67 milhões. Além do corte de despesas com combustível, foram poupados quase R$ 1,5 milhão com a nova contratação.

- Temos que investir na contratação de serviço externo. Temos que tirar do Senado o peso de uma atividade que não nos diz respeito e nos ater ao que é o nosso negócio, a atividade legislativa - observou Doris Peixoto, ao enfatizar também que "o caminho natural" do Senado será contratar consultorias para projetos específicos.

O relatório informa ainda que o Senado economizou quase 60% com telefonia móvel na assinatura de novos contratos. Além disso, a Casa arrecadou mais de R$ 2,7 milhões com a realização de quatro leilões em 2012.

Concurso público

A diretora-geral informou também que, este ano, mais 300 cargos devem ser ocupados no Senado, com a convocação de aprovados no concurso público de 2012, tão logo o orçamento de 2013 seja votado. No ano passado, foram empossados 295 novos servidores. As convocações servem para compensar a aposentadoria de mais de 400 servidores só nos últimos dois anos.

Além do treinamento dos servidores, alinhado com a agenda estratégica da administração, Doris ressaltou a importância da revisão do quadro de pessoal, com a identificação de gargalos. Uma necessidade apontada é a contratação de mais engenheiros e arquitetos. O objetivo não é aumentar o número de cargos, mas redistribuir os já existentes.

Desafios

Garantir a transparência dos atos do Senado, ampliar o investimento na modernização e melhorar o acesso às informações disponíveis na internet são alguns dos desafios apontados pela diretora-geral.

Ela lembra que há quase um “excesso de zelo” no trabalho com o acompanhamento dos projetos, uma busca pela descentralização da administração por meio da delegação de competências e uma "autovigilância" realizada pelo setor de recursos humanos, que faz auditoria dos atos e encaminha os resultados para o controle interno.

- Hoje o Senado é mais vigiado do que qualquer outro lugar desta República. Tudo aqui tem que ser extremamente aberto - resumiu.