CÂMARA MUNICIPAL DE
CRISÓPOLIS

Avança a transposição do São Francisco

 08/03/2013 | UTILIDADE PÚBLICA

Proposta que surgiu com mais força em 2012,, a partir de uma sinalização positiva do governo baiano, a utilização de recursos hídricos do Rio São Francisco para abastecer o Sertão Baiano, começa a sair do papel agora em março.

Responsável pelo projeto, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) licita até o final do mês a empresa que vai fazer os estudos de viabilidade do Canal Águas do Sertão Baiano, também denominado eixo sul da transposição do Velho Chico. Esta fase deve durar de oito a 12 meses, com um custo de R$ 19 milhões, já assegurados no PAC.

A princípio, a ideia é fazer a captação no Lago de Sobradinho, no norte baiano, levando água às bacias hidrográficas dos rios Itapicuru e Jacuípe. A expectativa da Codevasf, do Governo da Bahia e da presidenta Dilma Roussef é de se lançar o edital da construção civil no inicio de 2014.

“Uma obra desse porte pode durar de três a cinco anos. Temos pressa em função da escassez hídrica das regiões afetadas”, afirmou à Tribuna o presidente da Codevasf, Elmo Vaz. O Águas do Sertão Baiano destinará recursos hídricos para o consumo humano e animal.

Segundo Vaz, a obra tem um custo estimado em R$ 4 bilhões, mas pode chegar a R$ 6 bilhões. Conforme a Codevasf, a obra também beneficiará a população das bacias hidrográficas dos rios Salitre, Tatauí, Tourão/Poções e Vaza-Barris.

“O objetivo final é levar água até a barragem de São José do Jacuípe e outras barragens existentes, como Ponto Novo, Pindobaçu e Pedras Altas que já abastecem a região do projeto”. A ideia da Codevasf é realizar a obra em etapas, cada uma a um custo de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões. No total, o canal terá entre 400 a 600 quilômetros de extensão.

Detalhes do projeto foram apresentados nessa quarta-feira (6/3) pelo secretário da Casa Civil, Rui Costa, na quarta reunião itinerante do Comitê Estadual para Ações de Convivência com a Seca, realizada em Juazeiro. “Estamos tratando a transposição (eixo sul) com total prioridade. Ela será a redenção produtiva dessa região”, disse o secretário.

Já a Codevasf apresentou o projeto ao Ministério Público da Bahia e ao Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF). Segundo o presidente do órgão federal, Elmo Vaz, a ideia é colher subsídios da da sociedade civil para “poder obter no final o melhor projeto possível, que traga benefícios para a sociedade”, afirmou .