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Municípios do Interior baiano sofre com a falta de médicos

 26/12/2012 | SAÚDE

A falta de médicos no interior da Bahia é um problema que afeta diretamente a população. Os números mostram que enquanto o Estado possui mais de 15 mil profissionais, que chega a superar a meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de um médico para cada mil habitantes, muitos Municípios sofrem com a falta de profissionais que residam nele.

De acordo com estudo da Assistência Médico-Sanitária (AMS) – com dados de 2009 –divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem pouco mais de 636 mil médicos atuando nos estabelecimentos de Saúde do país. Desses, mais de 40% estão localizados nas capitais. O quadro de distribuição dos profissionais de medicina mostra que Salvador e região metropolitana abrigam 66% dos profissionais do Estado, tendo apenas um quarto da população baiana vivendo nestes locais, aponta a pesquisa.

Os Municípios do Semiárido são os mais prejudicados, distância da capital, e poucos recursos, são problemas enfrentados na hora de contratar um médico para esta região. Em 2011 foi lançado o Plano Nacional de Educação Médica (PNEM). O plano pretende elevar o número do formados até 2020. Outra ação do PNEM é oferecer estágio remunerado nos prontos-socorros federais, por um período de dois anos, após a conclusão do curso.

Realidade
Para o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, esse ainda é um assunto pouco abordado, e a carência de médico no interior do país é a realidade de muitos cidadãos brasileiros, principalmente nas Regiões Norte e Nordeste. “Os prefeitos não conseguem fazer o milagre da multiplicação”, afirma o presidente da entidade.

O governo pretende abrir quatro mil vagas de residência médica e 3,2 mil vagas de residência multiprofissional até 2014. O ministério da Saúde estabeleceu prioridade aos Municípios das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, pois é onde há maior demanda por especialidades médicas.