Com
instalação de uma fábrica de pás e acessórios para geração de energia eólica em
Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), prevista para começar a
funcionar no segundo semestre de 2014, Bahia amplia a capacidade produtiva do
setor. O anúncio foi feito na tarde no dia 23 de abril, na Governadoria, em ato
com a presença do governador Jaques Wagner, do secretário da Indústria,
Comércio e Mineração, James Correia, e de diretores da fabricante Tecsis. A
planta industrial terá investimentos de R$ 200 milhões e vai gerar 1,8 mil
empregos diretos.
A fábrica, que terá capacidade para produzir quatro mil pás por ano, completa a
cadeia produtiva e consolida a posição do estado como maior polo brasileiro de
investimentos em energia eólica. “Temos as torres, os geradores e as pás. Esses
componentes passam a ser produzidos na Bahia garantindo uma competitividade
muito maior”, afirmou James Correia.
De acordo com o presidente do conselho de administração da empresa, Pércio de
Souza, além de abastecer os parques eólicos do estado, a meta é atender o
mercado de exportação. “A nossa idéia é fazer da fábrica de Camaçari um ponto
de exportação, principalmente o mercado interno, onde temos um grande contrato
coma Renova Energia, mas também com o mercado externo”.
Potencial - Fundada em 1995, a empresa tem sede na cidade de Sorocaba (SP) e
fornece pás e equipamentos eólicos para os mercados da América do Norte, Europa
e Ásia. As empresas Alstom (fábrica de aerogeradores), Gamesa (produtora da
caixa do rotor do aerogerador) e Acciona (cubos eólicos) também contam com
unidades na Bahia, que em maio terá a inauguração de uma fábrica de torres
eólicas da Torrebras.
O estado, que tem capacidade estimada em 14,5 GW para uma altura de 70 metros,
o que corresponde a 10,1% do potencial nacional, apresenta um significativo
potencial neste ramo energético a partir dos parques eólicos nas regiões de
Caetité, Sento Sé e Brotas de Macaúbas. Até 2014, serão investidos R$ 6,5
bilhões no setor, gerando cinco mil empregos na implantação e 500 na operação
dos projetos.