o dia 17 de julho, os parlamentares iniciaram o recesso de duas semanas e só retornam aos trabalhos de análise e votação de proposições no dia 2 de agosto. Porém, neste segundo semestre pouco deve ser apreciado nas duas Casas, tendo em vista o início das campanhas para as eleições de 2012.
É histórica a queda no número de sessões deliberativas neste período, porque tanto deputados quanto senadores ficam por mais tempo nas bases eleitorais para apoiar à candidatura de apadrinhados políticos. Para 75 deles, a importância é maior, pois eles concorrem ao cargo de prefeito e vice-prefeito.
Em relação a essas candidaturas, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, ressalta: “Se todos eles, que esperam ser prefeitos, se juntassem para pedir a aprovação dos royalties, o projeto poderia ser votado logo na volta do recesso. Se eles se elegerem saberão a real situação financeira dos Municípios”.
Centro das atenções
Há exemplo dos últimos dois meses, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga o envolvimento de parlamentares com o contraventor Carlinhos Cachoeira, também deve tomar a atenção dos congressistas no segundo semestre. O trabalho da Comissão resultou na cassação do mandato do senador goiano Demóstenes Torres e prevê a continuação de depoimentos de outros envolvidos.
Apesar do tempo dedicado à CPMI, Câmara e Senado construíram um calendário de votações para antes das eleições em outubro. O esforço concentrado dos deputados deve ocorrer nos dias 1º e 2; 7 a 9; e 21 a 23 de agosto; e de 4 a 6 e 18 a 20 de setembro. Os senadores participarão de sessões deliberativas entre os dias 7 a 9 e 21 a 23 de agosto. Outra semana com três dias de votação está marcada para setembro e por último uma em outubro.