Universidades e institutos de pesquisa de todo o Brasil têm prazo,
até o dia 13 de janeiro, para inscrever trabalhos voltados para a saúde da
criança. O edital lançado no dia 17 de novembro pelo Ministério da Saúde
destina R$ 10 milhões para financiar pesquisas em áreas como, por exemplo, a do
desenvolvimento motor e cognitivo infantil.
“A gente já tinha lançado, há cerca de um ano, um edital para a
questão da prematuridade. Agora, a gente está avançando para além da
prematuridade, em um esforço de pesquisa e inovação para os primeiros 1.000
dias da criança – fase decisiva para que elas tenham desenvolvimento saudável.
Além de tratar a criança, de fazer com que ela viva, a gente quer que ela tenha
plena capacidade cognitiva, que ela esteja com a alimentação adequada”,
explicou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do
Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.
Os projetos de pesquisa deverão ter abordagem inovadora e
determinar quais combinações de intervenções são mais eficazes para prevenir e
tratar as consequências do nascimento, crescimento e desenvolvimento não
saudáveis, e saber quando as intervenções são aplicadas com mais eficácia, além
de integrá-las, de maneira prática, em um ciclo de cuidado contínuo.
Amamentação, alimentação da mãe, forma de atendimento à mãe e ao bebê,
tecnologias para diagnóstico de doenças, tudo isso pode ser alvo de pesquisa
financiada pelo edital.
A ação faz parte do Programa Grandes Desafios Brasil: Desenvolvimento
Saudável para Todas as Crianças, em conjunto com a Fundação Bill & Melinda
Gates e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O governo federal entra com metade do financiamento e a Fundação Gates com a
outra metade.
“A comunidade cientifica participa, mas o projeto também é voltado
para gestores. Se qualquer pessoa que está no serviço de saúde, que cuida da
saúde – seja formado em medicina, seja biólogo, alguém da área de farmácia ou
enfermagem – tiver uma boa ideia, algo diferente, ela pode concorrer e ganhar o
edital, e sua sugestão pode ser apresentada para incorporação pelo sistema de
saúde”, explicou Gadelha.
Segundo o secretário, o edital é uma forma de o governo voltar a
atenção da comunidade científica para as necessidades da população. Todos os
projetos aprovados podem, depois, ser incorporados à rede pública de saúde. As
inscrições podem ser feita no portal do CNPq. (Fonte: Agência Brasil)