A Dívida Pública Federal (DPF)
aumentou em outubro e voltou a ultrapassar a barreira de R$ 2 trilhões. De
acordo com dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional, o fato foi
Influenciado pelo volume elevado de emissão de títulos públicos prefixados. A
DPF fechou o mês passado em R$ 2,022 trilhões, com alta de R$ 33,6 bilhões em
relação ao estoque registrado em setembro. A DPF é a dívida contraída pelo
Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, nele
incluído o refinanciamento da própria dívida. Em títulos públicos, a dívida
pública mobiliária interna subiu 1,91%, o que fez passar de R$ 1,897 trilhão em
setembro para R$ 1,933 trilhão em outubro. O aumento, no mês passado, segundo o
Tesouro, teria ocorrido por conta da emissão de R$ 18,62 bilhões em títulos a
mais do que se resgatou. De acordo com a Agência Brasil, a Dívida Pública
Federal só não subiu mais por causa da dívida pública externa, que caiu 2,73%,
de R$ 88,85 bilhões em setembro para R$ 79,68 bilhões em outubro. A queda de
1,23% do dólar em outubro é dado como o principal fator para a variação. Essa
foi a primeira vez que a DPF ultrapassou o nível de R$ 2 trilhões desde
dezembro do ano passado. Nos meses seguintes, o estoque da dívida apresentou
queda, mas voltou a oscilar desde maio. Segundo o Plano Anual de Financiamento
(PAF), divulgado em março, a tendência é que o estoque da Dívida Pública
Federal encerre o ano entre R$ 2,1 trilhões e R$ 2,24 trilhões.