Os
Municípios da Chapada Diamantina, na Bahia, são conhecidos mundialmente por
suas belezas naturais e também por produzir o melhor café do Brasil. De olho
neste setor que encabeça a economia dos Municípios da região, os prefeitos se
uniram para elaborar um plano emergencial para recuperação da cafeicultura
desenvolvida pelos pequenos agricultores para impulsionar a agricultura local.
Os
secretários de Agricultura dos Municípios de Mucugê, Ibicoara, Barra da Estiva,
Ituaçu e Piatã se reuniram para elaborar o projeto piloto de custeio dos
cafezais que contemple poda, aplicação de calcário, e fertilização dos solos. O
projeto vai atender aos produtores mais carentes e que estejam organizados em
associações.
O
prefeito de Barra da Estiva (BA), Adriano Carlos, explica que o projeto surgiu
por conta das diversas dificuldades que a seca está causando aos produtores. “O
Estado está ajudando no projeto, mas tudo será feito pelas secretarias
municipais de agricultura. Estamos unindo forças neste momento de crise, pois a
produção de café durante a seca, caiu muito e o preço está baixo”, lamenta o
prefeito.
Prefeitura
Barra da Estiva (BA)O gestor conta que o café é responsável por 70% da economia
local, “por isso buscamos alternativas para melhorar o setor”, adianta.
De
acordo com o prefeito, Barra da Estiva se destacou na produção do melhor café
natural em 2012, durante o 11.º Concurso de Cafés da Bahia, promovido pela
Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), em Vitória da Conquista.
O Município é líder na produção da agricultura familiar do café na Chapada Diamantina.
A
atividade proporciona a geração de aproximadamente dez mil empregos diretos, na
época de colheita, e quatro mil na temporada da entressafra. O projeto piloto
também pretende incluir o café na cesta básica da Bahia.
Os
Municípios envolvidos do projeto querem aproveitar a oportunidade para fugir da
monocultura do café, pois a região também tem vocação para a produção de
morangos. Cerca de 20 pequenos produtores já foram selecionados, nos Municípios
de Mucugê, Barra da Estiva e Ibicoara, para iniciar o projeto.
Inicialmente
será implantada uma pequena área, de pouco mais de um hectare, com produção
estimada de 40 toneladas de morangos em três anos, das quais 28 serão de
morango de mesa e 12 para a indústria.
O
prefeito Adriano Carlos aposta que o morango é cultura que dará
sustentabilidade ao pequeno produtor, com produção durante dez meses, colhendo
os frutos duas ou três vezes por semana. “Não podemos deixar o produtor
desanimar, pois a economia dessa região depende da agricultura.”, adianta o
gestor.
Transformação
De acordo com a Secretaria de Agricultura do Estado, quase 100% do morango
consumido na Bahia é importado do Espírito Santo. O projeto deve contar com a
parceria do Sebrae e das secretarias de Agricultura municipais.