Proposta que surgiu com mais força em 2012,, a partir de uma sinalização
positiva do governo baiano, a utilização de recursos hídricos do Rio São
Francisco para abastecer o Sertão Baiano, começa a sair do papel agora em
março.
Responsável pelo projeto, a Companhia de Desenvolvimento dos
Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) licita até o final do mês a
empresa que vai fazer os estudos de viabilidade do Canal Águas do Sertão Baiano,
também denominado eixo sul da transposição do Velho Chico. Esta fase deve durar
de oito a 12 meses, com um custo de R$ 19 milhões, já assegurados no
PAC.
A princípio, a ideia é fazer a captação no Lago de Sobradinho, no norte
baiano, levando água às bacias hidrográficas dos rios Itapicuru e Jacuípe. A
expectativa da Codevasf, do Governo da Bahia e da presidenta Dilma Roussef é de
se lançar o edital da construção civil no inicio de
2014.
“Uma obra desse porte pode durar de três a cinco anos. Temos pressa em função
da escassez hídrica das regiões afetadas”, afirmou à Tribuna o presidente da
Codevasf, Elmo Vaz. O Águas do Sertão Baiano destinará recursos hídricos para o
consumo humano e animal.
Segundo Vaz, a obra tem um custo estimado em R$ 4 bilhões, mas pode
chegar a R$ 6 bilhões. Conforme a Codevasf, a obra também beneficiará a população das bacias hidrográficas dos rios Salitre, Tatauí,
Tourão/Poções e Vaza-Barris.
“O objetivo final é levar água até a barragem de São José do
Jacuípe e outras barragens existentes, como Ponto Novo, Pindobaçu e Pedras Altas
que já abastecem a região do projeto”. A ideia da Codevasf é realizar a obra em
etapas, cada uma a um custo de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões. No total, o canal
terá entre 400 a 600 quilômetros de extensão.
Detalhes do projeto foram apresentados nessa quarta-feira (6/3) pelo
secretário da Casa Civil, Rui Costa, na quarta reunião itinerante do Comitê
Estadual para Ações de Convivência com a Seca, realizada em Juazeiro. “Estamos
tratando a transposição (eixo sul) com total prioridade. Ela será a redenção
produtiva dessa região”, disse o secretário.
Já a Codevasf apresentou o projeto ao Ministério Público da Bahia e ao Comitê
da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF). Segundo o presidente do órgão
federal, Elmo Vaz, a ideia é colher subsídios da da sociedade civil para “poder
obter no final o melhor projeto possível, que traga benefícios para a
sociedade”, afirmou .