Para gerenciar as informações hidrológicas,
meteorológicas e geotécnicas de diversas fontes e emitir alertas sobre a
possibilidade de ocorrências de desastres, a Bahia vai ganhar seu
primeiro Sistema de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, em
resposta à necessidade urgente de políticas de prevenção dos efeitos
destes desastres sobre a população e a diversos setores econômicos.
Coordenado
pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (Secti), o
sistema funcionará no Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de
Desastres Naturais (Cemaden), que será construído no Centro Integrado de
Gestão de Emergências, com recursos federal e estadual.
“Esta
ação é estratégica para o estado, face ao esperado agravamento dos
fenômenos climáticos, decorrentes do aquecimento global do planeta. O
que se constata é que esses fenômenos extremos vêm acontecendo com maior
quantidade e maior intensidade”, explica o secretário Paulo Câmera. Ele
avalia que a instalação do Centro na Bahia é de extrema importância,
pois vai desenvolver, testar e implementar um sistema de previsão de
ocorrência de desastres naturais em áreas suscetíveis de todo o estado.
“O foco principal está na prevenção, para antecipar crises e minimizar
os esforços de recuperação”.
Paulo Câmera afirma ainda que o
centro baiano será coordenado pela Secti e terá as ações integradas ao
atendimento dos bombeiros, Samu 192, polícia e defesa civil, órgãos
ligados à segurança da população. Os técnicos que atuarão no Cemaden
baiano serão vinculados à Secti, que contratará profissionais
especializados em áreas como ciências exatas e naturais, engenharias,
meteorologia, geociências, tecnologia da informação, ciências sociais,
entre outras.
Radar
Para reforçar as ações
de combate aos desastres naturais, a Bahia receberá do Ministério de
Ciência, Tecnologia e Inovação um radar destinado ao monitoramento
meteorológico, que será um importante instrumento de ação para prevenção
dessas ocorrências extremas. “O ministério já assinou contrato para a
compra dos radares e nossa expectativa é de que o radar baiano, que será
instalado em Salvador, chegue ainda no primeiro semestre de 2013”,
destaca o secretário.
Os eventos climáticos extremos ocorrem de
muitas formas, como eventos extremos das chuvas e seus impactos adversos
e alguns resultados das mudanças climáticas provocadas pelo homem, além
de secas prolongadas e ondas de calor.
Segundo Paulo Câmera, o
monitoramento climático também pode ser muito útil para tentar diminuir
os danos causados pela seca na região semiárida e das fortes chuvas em
cidades como Salvador e regiões sul e extremo sul do estado. “Com isso,
podemos proteger a população que vive em áreas de risco de deslizamentos
em encostas, de alagamentos e de enxurradas e outros danos provocados
pelos desastres naturais”.