O Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) anunciou a aprovação do financiamento de R$ 378 milhões que serão destinados para a
construção de cinco parques eólicos na Bahia e no Rio Grande do Norte. Os
recursos serão destinados à empresa Força Eólica do Brasil, controlada pela
Neoenergia e pela Iberdrola.
De acordo com o BNDES, a companhia vai
investir um total de R$ 594,5 milhões no projeto, que terá uma capacidade
instalada total de 150 MW, o que equivale à geração de energia capaz de
abastecer cerca de 200 mil residências. Os valores do empréstimo serão
repassados pelo Banco do Brasil.
“O Nordeste é a região com o maior
potencial de vento do Brasil. Além de ser uma fonte de geração limpa, a energia
eólica é complementar à hidrelétrica. É justamente no período que as usinas
geram menos energia, que a eólica gera mais”, explica o gerente do departamento
de energia alternativa do BNDES, Luis André Sá D’Oliveira.
Segundo o
BNDES, os projetos a serem desenvolvidos representam uma fonte de energia
renovável de reduzido impacto ambiental, vão beneficiar a população e a
infraestrutura local e terão prioridade de despacho em relação às demais fontes
e a redução da utilização de insumos, tais como gás natural e outros derivados
do petróleo, diminuindo a dependência desses recursos e apontando ainda para a
redução das emissões de CO2.
Desenvolvimento - Os parques serão
construídos nos municípios de Caetité (BA) e Bodó, Santana do Matos e Lagoa Nova
(RN). O empreendimento vai gerar 1,8 mil empregos – diretos e indiretos. “O
projeto é importante também porque, no Nordeste, ele traz também benefícios
sociais adjacentes como a geração de empregos e o desenvolvimento de regiões,
geralmente, carentes”, acrescenta Luis.
O apoio do BNDES ao setor eólico
é expressivo. A carteira atual, incluindo as diversas etapas pelas quais os
projetos tramitam no banco, soma 107 parques. Os empreendimentos representam
investimentos totais de R$ 12,4 bilhões e demandam financiamentos do BNDES no
valor de R$ 8,4 bilhões. Só em 2011, o apoio da instituição ao setor somou R$
3,4 bilhões, equivalentes a projetos que vão gerar 1.160 MW de capacidade
instalada. (Fonte: Portal Planalto)