As
exportações baianas bateram seu recorde histórico em outubro e alcançaram US$
1,34 bilhão, 41,4% acima de igual mês do ano anterior e 56,3% superior a setembro
último. A operação de venda de uma plataforma de exploração e perfuração de
petróleo para os Países Baixos por US$ 382 milhões foi uma das principais
contribuições para o resultado.
No período as vendas externas ainda foram beneficiadas pelo aumento de 25% nos
embarques de produtos petroquímicos, principalmente para os Estados Unidos
(EUA) e Ásia, de 251% em automóveis para a Argentina e de 134% em farelo de
soja para a União Européia.
Os dados foram apurados pela coordenação de Comércio Exterior da
Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da
Secretaria do Planejamento (Seplan), e indicam que no acumulado deste ano, até
o mês de outubro, as exportações baianas atingiram US$ 9,45 bilhões, superando
em 4,2% o mesmo período de 2011.
Mercado asiático
O coordenador de Comércio Exterior da SEI, Artur Cruz, aponta que
o mercado asiático continua sendo o mais dinâmico para as vendas externas
baianas, e apresentou um crescimento de 11,3%. “A China volta a se posicionar
como maior parceiro comercial do estado, com compras de US$ 1,27 bilhão ou
13,4% do total das exportações baianas no período”, acrescenta Artur.
Para a
Argentina, que tem limitado as compras ao exterior por conta da crise, as
vendas caíram 30%, principalmente de produtos manufaturados. As
importações em outubro atingiram US$ 725,6 milhões, superando em 1,7% outubro
de 2011, e com crescimento de 37,3% comparadas a setembro de 2012. Com relação
ao último trimestre, as importações cresceram 22,6%. No ano, as importações
alcançam US$ 6,45 bilhões, ainda inferiores 0,52% à igual período (janeiro a
outubro) de 2011.
Saldo da balança comercial da Bahia no ano é de US$ 3 bilhões
Em
outubro, nafta, automóveis, minério de cobre, inseticidas e fertilizantes
responderam por 57% do total importado. Com os resultados do mês, o saldo da
balança comercial da Bahia no ano atinge US$ 3 bilhões, 16% acima de igual
período de 2011. Com a expectativa de crescimento maior da economia
doméstica, por conta dos incentivos ao consumo adotados pelo governo, as
importações devem crescer, como já aconteceu em outubro, principalmente na área
de bens de consumo.
As compras de bens intermediários seguem praticamente no mesmo nível do ano
passado, na medida que a retomada da indústria está ocorrendo de forma gradual
e um pouco mais lenta que o previsto. As compras de bens de capital só devem
crescer após a retomada dos investimentos industriais.