Bahia e o Espírito Santo devem receber, até 2016, investimentos públicos e privados de R$ 180 bilhões. Esta é a expectativa do secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, e do secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, Márcio Félix. Esse número foi anunciado durante o seminário Potencialidades, realizado na terça-feira (9), em Vitória (ES), promovido pela Rede Gazeta, grupo de comunicação afiliado à Rede Globo.
De acordo com Gabrielli, existe um ambiente favorável ao investimento, mas é preciso avançar, sobretudo, no que se refere à infraestrutura. “No curto prazo, o grande gargalo para o desenvolvimento da Bahia e do Espírito Santo é a logística, enquanto que no médio prazo será a formação e qualificação de mão de obra”.
Já para o secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, esse volume de investimento é consequência de três fatores: regras claras e estáveis, ambiente favorável ao investimento e créditos e incentivos. “O Espírito Santo é um dos estados que possuem, por exemplo, um banco público, que é um grande instrumento de atratividade regional”.
Apenas na Bahia estão protocolados mais de 470 empreendimentos privados, cuja previsão é gerar cerca de 70 mil empregos diretos. Os setores de mineração e energia são os de maior destaque, com investimentos estimados em R$ 40 bilhões. Já no Espírito Santo, o destaque é o segmento de petróleo e gás, devido principalmente aos investimentos relacionados ao pré-sal, cuja expectativa é ampliar a cadeia de fornecedores.
Atualmente, a interação entre os dois estados situa-se na região que engloba o extremo sul da Bahia e o norte do Espírito Santo. “Por um lado, a Bahia recepciona os turistas capixabas, enquanto que os baianos exportam papel e celulose pelos portos de Vitória”, destacou Gabrielli.
Dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento da Bahia (Seplan), indicam que entre 2007 e 2012, em média, 88% das exportações de papel e celulose da Bahia saíram pelos portos do Espírito Santo. Café, soja, pimenta e granito também integram a lista de produtos exportados via portos capixabas, sendo que até junho deste ano o volume financeiro exportado de todos os itens ultrapassou os US$ 900 milhões.
Em sua sétima edição, o evento reuniu palestrantes regionais e nacionais, poder público, iniciativa privada e sociedade civil. Foram quatro os painéis: Desenvolvimento Produtivo, Formação Profissional, Infraestrutura Logística e Desenvolvimento Regional. Nesse último, Gabrielli foi o palestrante nacional.