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Em assembleia, professores da Ufba decidem encerrar greve em 13 de setembro

 06/09/2012 | UTILIDADE PÚBLICA

Um plebiscito realizado pela Apub Sindicato decidiu pelo fim da greve na Universidade Federal da Bahia (Ufba) nesta quarta-feira (5). Foram 437 votos favoráveis ao fim da paralisação na universidade e 28 contra. A votação foi realizada de 8h do dia 3 até as 12h de hoje no site do sindicato.  A indicação da Apub é de que as aulas sejam retomadas no dia 17. 

A greve foi iniciada em 29 de maio e oficializada pela Apub no final de junho. Em nota, a presidente do sindicato, professora Sílvia Lúcia Ferreira, diz esperar que a categoria cumpra a decisão, que também é válida para o Instituto Federal da Bahia (Ifba) e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Somados os votos dos docentes das três instituições de ensino, foram 460 votos favoráveis ao fim da greve e 37 contra. 

O resultado, segundo a Apub, deverá ser comunicado aos reitores das instituições. O retorno das aulas depende da divulgação de um novo calendário letivo. 

A Apub é filiada ao Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), que já havia aceitado o reajuste oferecido pelo governo federal com percentuais que variam de 25% a 40%. Para o Ministério da Educação (MEC), esse acordo atende a todos os docentes, independente do sindicato, e será incluído no projeto do orçamento do governo para 2013.

Assembleia decide pela volta das atividades no dia 13
Professores ligados ao Comando de Greve também estiveram reunidos na tarde desta quarta-feira, na Faculdade de Arquitetura, e decidiram encerrar a paralisação no próximo dia 13. A reitoria deve elaborar um novo calendário acadêmico para o restante do semestre.

Segundo o professor Jair Batista, ao todo, foram 143 votos a favor do fim da paralisação e 40 contrários. A decisão segue a indicação do Comando Nacional de Greve, que pede que as instituições federais estabeleçam um marco temporal de suspenção do movimento entre os dias 10 e 14 de setembro, e permite que todas as universidades em greve deixem o movimento de maneira unificada.

Na terça-feira (4), os professores da UFRB também decidiram por manter a greve até o dia 13, sugerido como dia para a saída unificada da paralisação para professores em todo país.

Em nota, os professores do Comando de Greve criticaram a decisão da Apub de fazer um plebiscito eletrônico para deliberar o fim da greve. "Os docentes da Ufba mais uma vez reafirmam que somente as assembleias têm a prerrogativa de decidir pela continuidade ou fim de greve, conforme estabelecido no Estatuto do Sindicato", diz nota.

Os docentes do Comando da Greve dizem ser representados pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que não aceitou a proposta do governo.

O Andes-SN apresentou uma contraproposta ao governo. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog), porém, considera as negociações encerradas desde dia 3 de agosto, quando foi assinado termo de acordo com o Proifes. 

Instituto de Biologia e servidores 
Os professores do Instituto de Biologia da Ufba já haviam decidido sair da greve no último 21. As aulas, no entanto, ainda não foram retomadas. Os docentes do instituto pediram ao Conselho Universitário (Consuni) e ao Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFBA (Consepe) que seja aprovado um calendário de reposição das aulas.

Os servidores técnico-administrativos da Ufba e da Universidade Federal do Recôncavo (UFRB) também encerraram a paralisação iniciada no dia 18 de junho. Segundo Paulo Vaz, coordenador jurídico do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Ufba e UFRB (Assufba), foi aceita a proposta de 15% de reajuste, divididos em aumentos de 5% nos anos de 2013, 2014 e 2015.