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ASSEMBLEIA APROVA PROJETO DE LEI QUE GARANTE O PISO NACIONAL PARA OS PROFESSORES DA BAHIA

 25/04/2012 | OUTROS
 OA Assembleia Legislativa da Bahia aprovou terça-feira (24) o projeto de lei que assegura o cumprimento do piso nacional para os professores da rede estadual e ainda o que reestrutura a tabela de vencimento dos professores. Os projetos seguem para o governador Jaques Wagner, que deve sancionar as duas leis.

O projeto de lei nº 19.779/2012 assegura o cumprimento do Piso Nacional da Educação para os 5.210 professores da rede estadual com formação em nível médio, integrantes de uma carreira em extinção.

De acordo com o projeto, o subsídio dos professores com nível médio será de R$ 1.659,70 (40 horas semanais), portanto, superior ao piso nacional.

O projeto garante também para esses professores a possibilidade de ascensão ao Plano de Carreira do Professor até 31 de dezembro de 2016, com a conclusão de curso de licenciatura, sem a necessidade de prestar concurso público. Atualmente, 1.728 professores estão cursando licenciatura com apoio do governo. Desses, 338 são da carreira em extinção.

O projeto de lei nº 19.778/2012 reestrutura a tabela de vencimento, reajustando em 4,66% o vencimento dos professores licenciados no primeiro grau da carreira. A partir de 1º de maio, um professor de 40 horas, padrão P e grau I, vai receber R$ 1.659,94, com remuneração mínima de R$ 2.177,51.

Os 32 mil professores licenciados da rede estadual já ganham acima do piso desde quando foi instituído, em 2009. Independentemente da lei do piso, o governo da Bahia vem praticando uma política de valorização da carreira do magistério público.

Nos últimos três anos, a categoria teve um ganho médio de 30% acima da inflação. Com o reajuste de 6,5% concedido a todo o funcionalismo em março deste ano, retroativo a janeiro, o Estado também figura entre os que oferecem melhores salários aos professores. A remuneração média de um professor com licenciatura, de 40 horas, é de R$ 3.460.

Plano de carreira

A Bahia também é exemplo com a implantação do Plano de Carreira do Professor, cujas bases foram acordadas entre o governo e a APLB Sindicato.

Instituído em 2008, o plano estabelece duas formas de progressão: o avanço vertical relacionado com a titulação, abrangendo desde a especialização até o doutorado, e a promoção horizontal decorrente da avaliação de desempenho, que é voluntária.

O mecanismo assegura ganhos adicionais para os aprovados nos processos de avaliação. No total, 6.335 professores e coordenadores pedagógicos progrediram na carreira com a avaliação de desempenho, sendo 3.516 em 2010 e 2.819 em 2011.