Em entrevista a rádios do Ceará nesta quarta-feira, a presidente Dilma
Rousseff afirmou que o governo está investindo R$ 32 bilhões em obras do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) contra a seca no Nordeste. A
presidente reiterou a necessidade de medidas estruturantes contra a seca, "que
são aquelas que garantem segurança hídrica", afirmou Dilma Rousseff. "Estamos
fazendo R$ 32 bilhões em obras do PAC como barragens, adutoras, açudes e a maior
obra de todas que é a integração do São Francisco."
A presidente voltou a falar de medidas já anunciadas na terça-feira (02), na
reunião da Sudene, em sua visita ao Estado. Entre elas, investimentos
emergenciais como a operação de carro pipa no Nordeste, a ampliação do número de
cisternas, a prorrogação do prazo do Bolsa Estiagem e do seguro Garantia Safra.
"São mais de 1,5 milhão de agricultores recebendo esses dois benefícios",
afirmou nesta manhã a presidente.
Outra ação anunciada na terça-feira (02) e que a presidente reafirmou nesta
quarta-feira foi a continuidade da venda de milho a preços subsidiados para os
agricultores (R$ 18) e mencionou a necessidade de aumentar a estocagem de milho
no Nordeste, para evitar a falta de abastecimento nas secas. "Vamos combinar
medidas estruturais com medidas emergenciais", disse a presidente, que voltou a
falar também sobre a prorrogação do pagamento das dívidas dos agricultores
familiares.
"O que estamos fazendo é combatendo os efeitos da seca. A seca é um fenômeno
climático e vamos ter de conviver com ela", afirmou a presidente, que disse
ainda que o País tem condições de controlar os efeitos da seca e que chegaremos
na "fase da convivência" com a estiagem na região. "Temos condições de controlar
os efeitos da seca no Nordeste." A presidente disse ainda que o Departamento
Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) não será transferido do Ceará para
Brasília.