PREFEITURA MUNICIPAL DE
GUAJERU

BAHIA CONTABILIZA QUASE 12 MIL VAGAS DE EMPREGOS NO 1º TRIMESTRE DESTE ANO

 19/04/2012 | ECONOMIA

No acumulado dos três primeiros meses deste ano, a Bahia criou 11.809 postos de trabalho com carteira assinada. Esse resultado coloca o estado como líder na geração de emprego no Nordeste e na nona posição no ranking que classifica as unidades da federação segundo os seus respectivos saldos de emprego. A economia nacional totalizou 442.608 postos de trabalho formais, enquanto a região Nordeste teve um saldo negativo de 24.282 empregos. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).

A Região Metropolitana de Salvador (RMS) criou 5.504 empregos com carteira assinada, o equivalente a 46,6% das vagas celetistas do estado entre janeiro e março deste ano. Já a participação do interior foi de 6.305 postos, ou 53,4% de todas as vagas abertas no período. 

Na análise por setores, registraram os maiores saldos: serviços, com 9.087 vagas, a construção civil (3.188) e a agropecuária (1.014). No período, os únicos que apresentaram variações negativas foram indústria de transformação (-166) e comércio (-1.569) - nesse último, o subsetor comércio varejista foi o responsável pela eliminação de 2.074 postos de trabalho.

Para o secretário do Planejamento, José Sergio Gabrielli, esse resultado representa o dinamismo da economia baiana com a descentralização do desenvolvimento, uma vez que o interior gerou mais postos de trabalho do que a RMS. "Outro elemento importante é que a retração do comércio varejista representa um movimento sazonal, devido ao término do verão, e, portanto, não é significativo no médio prazo".

Março 

Entre os estados da federação, a Bahia figurou no mês de março deste ano entre os que mais criaram postos de trabalho (2.243). Na região Nordeste, além da Bahia, apenas Piauí (461) e Rio Grande do Norte (417 vagas) apuraram saldos positivos de emprego. Os outros estados da região contabilizaram saldos negativos da seguinte ordem: Sergipe (-88), Ceará (-1.587), Maranhão (-1.637), Paraíba (-3.421), Pernambuco (-8.186) e Alagoas (-21.032 vagas). 

O Nordeste registrou no mês de março um saldo negativo de 32.830 postos de trabalho. Na avaliação para o Brasil, contabilizou-se neste mês um saldo de 111.746 postos. O setor da construção civil apresentou o maior saldo da Bahia na análise mensal, com a geração de 2.647 empregos formais, cabendo a serviços o segundo lugar (2.299). Os setores que apresentaram saldos negativos mais expressivos foram agropecuária (-840), indústria de transformação (-911) e comércio (-1.194 postos de trabalho).

Municípios 

Em março, Salvador (2.177), Feira de Santana (871) e Itamaraju (840) destacaram-se com os melhores desempenhos na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia. Os setores de serviços e da construção civil foram os mais dinâmicos em Salvador, respondendo por 1.335 e 1.098 vagas, respectivamente. Em Feira de Santana também foram os setores de serviços e da construção civil que apresentaram os melhores desempenhos, com 551 e 273 novos empregos, e em Itamaraju a agropecuária foi o setor que respondeu pelo maior saldo (802).

Entre os municípios que tiveram os menores saldos de emprego em março, destacam-se Itapetinga (-579), Porto Seguro (-389) e Maragojipe (-334 vagas). A retração dos empregos em Itapetinga foi determinada principalmente pelo saldo negativo relacionado às atividades do setor da indústria de transformação (-534 postos). Já em Porto Seguro, o setor de serviços foi responsável pela eliminação de 273 postos de trabalho. Em Maragojipe, o setor da indústria de transformação eliminou 317 postos.

Análise por territórios de identidade

A SEI sistematizou o saldo de empregos formais no estado, entre os meses de janeiro e março deste ano, conforme os seus territórios de identidade. Entre as regiões que mais se destacaram na geração de emprego no período em análise, estão os territórios Metropolitana de Salvador (6.838), Bacia do Rio Grande (2.142) e Portal do Sertão (1.954).

Entre aqueles que tiveram os menores saldos de emprego no período, estão Costa do Descobrimento (-908), Médio Sudoeste da Bahia (-1.117) e Recôncavo (-1.623). Vale ressaltar que outros seis territórios obtiveram saldos negativos. Entretanto, os três acima citados representam 80% do saldo negativo total.

O setor de serviços (6.651) foi o mais dinâmico no Território de Identidade Metropolitana de Salvador. No Território de Identidade da Bacia do Rio Grande, a agropecuária (1.083) foi o destaque, influenciada por fatores sazonais relacionados ao início das atividades agrícolas. E no Território de Identidade do Portal do Sertão, os serviços (1.546) e a construção civil (1.051) foram os setores que se destacaram com os melhores saldos.

O saldo registrado no recôncavo da Bahia é consequência direta do desempenho do setor da construção civil, que apurou um saldo negativo de 833 postos. Cabe destacar também a indústria de transformação (-349), serviços (-347) e comércio (-131). Os setores que geraram saldos positivos foram os de extração mineral, serviços de utilidade pública e agropecuária, que, somados, representam o montante de apenas 40 oportunidades de trabalho.

Na Costa do Descobrimento, todos os setores, à exceção de extração mineral, com apenas seis postos criados, apresentaram saldos negativos, cabendo à construção civil (-303) o pior saldo. No Território de Identidade do Médio Sudoeste, os setores que geraram um saldo positivo foram os de comércio, serviços e agropecuária. Ainda assim as oportunidades criadas por esses não são significativas frente ao fraco desempenho da indústria de transformação.